sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Estéticas Informacionais

Segundo Machado (1993), baseando-se no trabalho de Apter (1977), as estéticas informacionais procuram tornar a apreciação de um objeto artístico objetiva e racional, a ponto de tornar possível a criação de programas de computador (baseados em complexos algoritmos[1]) com a capacidade de identificação de produtos com cargas criativas originais, ou seja, construir modelo matemáticos rigorosos com capacidade de avaliar e quantificar a informação estética contida em objetos dotados de qualidades artísticas.

De acordo com o princípio das estéticas informacionais, a apreciação de uma obra plástica ou musical não poderia se avaliada com base em conceitos vagos como “expressão”, “emoção” ou “inspiração”, mas antes na percepção de qualidade estéticas mais abstratas, tais como a novidade, a configuração ou a estrutura.

Esta tendência tem origem sobretudo na investigação de Abraham Moles[2] (1969) e Max Bense[3] (1971). Os postulados da estética informacional, apesar de aplicáveis à produção artística de qualquer período estético, adaptam-se melhor a certas correntes da arte contemporânea, sobretudo aquelas que baseiam no computador os seus princípios formativos.



[1] Processo de cálculo.
[2] Dados biograficos de Abraham André Moles: http://dada.compart-bremen.de/node/3318
[3] Dados biográficos de Max Bense: http://dada.compart-bremen.de/node/800
Referências:
Machado, A. (1993). Máquina e Imaginário - O desafio das poéticas tecnológicas. In E. d. U. d. S. Paulo (Ed.), (pp. 21-44): Editora da Universidade de São Paulo.

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