O artista na era das máquinas
Móviles de Theo Jansen |
Segundo Vilém Flusser (1985), tendo em conta que as máquinas estão programadas segundo determinados modelos, verifica-se que o artista da era das máquinas, incapaz de programar ou inventar máquinas ele próprio, queda-se na função de operador dessas máquinas, resultando o seu trabalho de um conjunto de escolhas entre “categorias disponíveis”. Nesta perspetiva, o artista reduz-se a um “funcionário de transmissão” realizando algumas das virtualidades da máquina, sem todavia poder instaurar novas categorias. Segundo Flusser, cabe ao artista o restabelecimento da liberdade face ao totalitarismo dos aparelhos, das máquinas em concreto, bem como do software que as tornam utilizáveis. Urge, segundo o autor, evitar a repetição e a rotina, reinventando e subvertendo os processos tecnológicos de modo a acompanhar o processo do pensamento e da liberdade criativa da arte.
Referências:
Machado, A. (1993). Máquina e
Imaginário - O desafio das poéticas tecnológicas. In E. d. U. d. S. Paulo
(Ed.), (pp. 21-44): Editora da Universidade de São Paulo.
http://enmiazotea.wordpress.com/category/quien-lo-escribe/el-miron/page/7/
Sem comentários:
Enviar um comentário