sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Realidade Virtual 

A ideia de imersão no mundo digital é um dos pressupostos da Realidade Virtual (Realidade Virtual - RV/Virtual Reality - VR). O desenvolvimento da RV teve início em 1968, com a criação de um dispositivo para a cabeça que ligava o utilizador diretamente ao computador. O dispositivo criado por Sutherland era extremamente pesado e pouco prático. Abordagens diferentes ocorreram nos finais dos anos 60, através da investigação de Myron Krueger e Fred Brooks. Aqui o princípio de imersão na RV consistia em proporcionar aos utilizadores liberdade de movimentos, recorrendo a dispositivos e sensores para determinar a posição do corpo. 



Nos anos oitenta, a distância entre as técnicas de Sutherland e Krueger diminuiu de modo significativo. Os avanços na tecnologia e miniaturização permitiram reduzir o tamanho do capacete. Esta tecnologia foi alvo de um significativo investimento por parte da NASA, tendo nessa época, Jaron Lanie, desenvolvido para a Nintendo Games uma luva de RV, a PowerGlove.



A RV pode assumir várias formas, mas na sua essência, procura ligar o ser humano de uma forma mais direta ao computador, ultrapassando os limites do ecrã. O simulacro (ou avatar) digital, replica no mundo virtual os movimentos e interações do utilizador, criando uma interação real entre o mundo físico e o mundo virtual. Os ambientes virtuais apresentam uma certa diversidade, desde o mais comum HMD (Head Mounted Display) e luvas de dados, até ao sofisticado CAVE (Cave Automatic Virtual Environment), na qual o corpo humano é colocado diretamente dentro de um ambiente gerado por computador.



Referências:
Santaella, Lúcia. Culturas e Artes do Pós-Humano, S.P., Paulus, 2003

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