Cada período da história da arte é marcado pelos meios que lhe são próprios. No início do terceiro milénio, esses meios residem nas tecnologias digitais (memórias electrónicas, hibridização de ecossistemas/tecnosistemas, etc.), as quais contribuem para a abertura de novos horizontes artísticos.
Seguindo o modelo estabelecido nos anos oitenta, a ciberarte inclui a imagem, a modelação 3D e a animação, bem como a música computadorizada. A produção caraterística dos anos oitenta, vulgarmente exposta em meios tradicionais, foi alargada no sentido de expandir a capacidade das mídias tradicionais:
Mídias Tradicionais
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Expansão das mídias
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Fotografia analógica
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Manipulação digital
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Cinema ampliado
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Cinema interativo
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Vídeo
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Video streaming
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Texto ampliado
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Hipertexto
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Imagem/som/texto
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Hipermídia
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TV digital
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TV interativa
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Na tradição das performances, surgem as performances interativas e teleperformances (com recurso a webcams e sensores) possibilitam a interação entre cenários virtuais com os corpos reais/presenciais.
Na tradição das instalações, são agora comuns vídeoinstalações, instalações multimídia, instalações interativas ou webinstalações.
Na tradição dos eventos de telecomunicações, tornados possíveis pela rede, surgem os eventos de telepresença e telerobótica, que permitem ao utilizador interagir e mesmo controlar ambientes remotos. Em websites criados especificamente para as redes, o utilizador pode incorporar avatares e interagir em mundos virtuais apresentados em VRML (Virtual Language Moelling Language). Muitas destas tendências podem integra software de inteligência artificial (redes neurais, por ex.), ou software de vida artificial.
Referências:
“Panorama da Arte Tecnológica”. Santaella, Lúcia (2003). Culturas e artes do pós-humano. Da cultura das mídias à cibercultura. São Paulo, Paulus Editora.
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